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Análise de atributos executivos

Nos últimos três decênios, tanto a indústria como o comércio e a área de serviços se deram conta que sua
sobrevivência dependia do assim chamado "capital humano".

Isto se referia especialmente aos executivos, aos responsáveis pelas grandes decisões.

Surgiram então vários "gurus", ensinando os segredos da alma executiva, no intuito de facilitar a sua
identificação, seleção e imitação. No espírito genuinamente pragmático, o critério daquela identificação sempre foi o sucesso.

O modelo da personalidade executiva foi tirado dos grandes líderes das proeminentes corporações multinacionais.

Muitas daquelas corporações já desapareceram da superfície da terra e muitos líderes aclamados do passado já tiveram a sua atuação criticada na luz de resultados posteriores.

A história de fraudes cometidas por eminentes figuras corporativas enche volumes. Como já descobriu o filósofo alemão Friedrich Nietzsche: "O sucesso é um grande mentiroso".

Em seguida, tentaremos desenvolver um guia de atributos executivos, não por orientação estatística e sim axiomática.

Não olhamos as coincidências efêmeras, as notícias dos jornais e sim a razão das coisas, a essência da atuação executiva. Citaremos atributos já constantes em manuais, mas também outros, por enquanto pouco abordados.

A lista, em ordem alfabética, é a seguinte:

1. AMBIÇÃO – A definição de objetivos que são altos, mas nunca fora do alcance. Essa definição inclui os meios de realização e a disposição para fazer os esforços necessários no sentido de obter aqueles meios.

2. AUTO-CRÍTICA – O reconhecimento de erros cometidos, com a finalidade de um desenvolvimento contínuo da competência. Mais interesse por observações críticas alheias do que por louvor ou admiração. Uma percepção justa do desempenho de colegas e de concorrentes.

3. CIRCUNSPECÇÃO – A consideração de possíveis implicações desfavoráveis, consequências negativas, obstáculos eventuais, contra-argumentos válidos, antes de embarcar em qualquer ação importante.

4. COMUNICAÇÃO – A economia verbal. Evitar a retórica e o vocabulário decorativo. Praticar o estilo sucinto e escolher termos de acordo com o nível de compreensão dos ouvintes. Na comunicação eficiente, escutar é tão importante quanto formular.

5. CONTROLE – O uso de mecanismos de controle cada vez que se delega uma responsabilidade. Esse controle deve existir, independente do grau de confiança depositada nos delegados individuais. O executivo não pode se dar o luxo de confiar totalmente na sua própria escolha de colaboradores.

6. EMPATIA – A percepção de motivos, opiniões e sentimentos de aliados e adversários. Nem glorificar, nem subestimar personalidades e reações alheias. O executivo deve compreender não só o mundo dos negócios, mas também o ambiente humano.

7. INDEPENDÊNCIA – O uso do raciocínio próprio em todas as decisões importantes. Deve-se evitar a armadilha do convencional. É fácil seguir venerados exemplos, mas este é o caminho da estagnação e decadência corporativas.

8. INICIATIVA – A atitude "pro-ativa". Não deixar que a ponderação e o perfeccionismo interfiram em ações urgentes. Não temer a inovação, nem insistir nela pela glória. Dosar o máximo de dinamismo com o grau necessário de circunspecção.

9. LIDERANÇA – A venda de projetos de maneira tão convincente que os colaboradores os adotem como se fossem os seus. Existe apenas o perigo da demagogia, ou seja, do exagero das vantagens previstas naquele projeto. O líder que valoriza suas propostas sem moderação transforma-se em sedutor.

10. OBJETIVIDADE – A neutralização do ego. Esquecer o interesse pessoal e ver todas as situações pelo prisma do interesse corporativo. O executivo genuíno evita qualquer egocentrismo e exerce a isenção de ressentimento, antagonismo e preconceito.

Alguns desses atributos são inatos, como, por exemplo, a ambição e a independência. Outros podem ser desenvolvidos, mas a vontade de desenvolve-los é um ingrediente da personalidade. A exposição acima deve ajudar as pessoas a identificar seus objetivos de vida e de carreira.

O executivo é um alto funcionário, não um empresário no sentido de "businessman". Os atributos desse último são outros, tais como, por exemplo, a tomada de riscos. O executivo é organizador, o empresário é conquistador.

Para o executivo há critérios universais, enquanto o empresário se caracteriza pela arbitrariedade, pela personalidade única.

Em tudo isto, existe um grande porém: em tempos de crise, o capital espera dos seus representantes profissionais, ou seja, dos seus executivos, que tomem iniciativas criativas, em prol da organização.

Quer que os executivos se comportem como empreendedores. Aí há um paradoxo: servidores fiéis da organização têm as cabeças cortadas e novatos audaciosos tomam o campo. Chega-se a uma conclusão inquietadora: apesar de análises profundas, na vida dos negócios não há regras de confiabilidade absoluta.

A.H. Fuerstenthal

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