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A felicidade através do trabalho

Trabalhar com prazer é receita infalível de felicidade.

Mas qual a composição deste remédio? Ela é complexa e poucas pessoas a conhecem.

É por isso que a felicidade é benefício tão raro quanto difícil.

O prazer no trabalho ocorre se este último corresponde aos "vetores" dominantes da personalidade. O esquema vetorial, uma descoberta realizada 70 anos atrás pelo psicanalista Dr. Franz Alexander, apoia-se na observação de quatro funções biológicas: Incorporação, Rejeição, Retenção e Eliminação.

O processo digestivo de qualquer animal exemplifica estas funções. Certa matéria é "incorporada", outra é "rejeitada", enquanto uma parte da matéria incorporada é "retida" no próprio organismo e a restante é "eliminada".

Alexander viu a significação psicológica daquelas funções. A Incorporação vira Assimilação, a Rejeição expressa-se como Crítica, a Retenção manifesta-se como Memória, enquanto a Eliminação se transforma em Criatividade.

Alexander chama estas funções de "vetores" e as usa como base tipológica, uma vez que existem em todos os indivíduos, mas em graus de intensidade diferentes. Esta diferenciação determina então os tipos "I", "Rj", "Rt" e "E". Em outras palavras, todas as pessoas demonstram, na sua maneira de ser, os quatro vetores, mas um deles é geralmente dominante e determina o tipo.

Com respeito ao trabalho, cada vetor tem a sua área de aplicação característica. Enquanto o indivíduo trabalha numa área correspondente ao seu vetor psicológico mais forte, ele tem a melhor chance de se realizar no trabalho e de se aproximar do alvo de uma felicidade duradoura.

O tipo "I" se realiza em funções onde a ambição, a vontade de aquisição e de ganho encontram campo. Portanto, o "incorporador" é vendedor, comprador, negociante ou empresário.

Nem sempre a organização o acolhe sem reservas. Mais cedo ou mais tarde ele se arrisca em negócios por conta própria. Contudo, existem vendedores que conseguem fazer carreira organizacional, acabando como gerentes comerciais e até gerais.

O tipo "Rj" é o indivíduo criterioso, feliz quando pode aplicar e defender critérios de qualidade e de funcionamento perfeito. A área que mais se abre a esse idealismo é aquela da engenharia.

A ciência exata é o campo ideal do espírito crítico. De várias soluções para um problema, sempre há uma que é a melhor possível. O cálculo é o instrumento que rejeita todas as respostas, menos a correta.

De um modo geral, os profissionais mais felizes da Rejeição encontram-se no ambiente industrial. Contudo, a lógica é outro instrumento da Rejeição, com grandes triunfos no planejamento, na administração e no gerenciamento em geral.

O tipo "Rt" realiza-se na contabilidade e em todas as espécies de controle. Enquanto a Rejeição procura a qualidade, a Retenção visa a tradição, a regra, a confiabilidade.

O "retentor" detesta mudança, modificação, experimentação. Foram necessários dois séculos para que houvesse uma mudança mundial dos princípios clássicos de Contabilidade. Enquanto Incorporação e Rejeição garantem o dinamismo das organizações, a Retenção é responsável pela sua solidez e segurança.

Semelhante à Incorporação, a Eliminação não calha facilmente na organização. Ela se encontra mais abertamente no mundo artístico, onde a criatividade junto com a liberdade individual é apreciada e estimulada. Mesmo assim há oportunidades organizacionais para o temperamento criativo, isto é, para o vetor "E".

Em propaganda e marketing, em contribuições estilísticas à moda, à arquitetura, à decoração, ao automobilismo, etc, os profissionais da Eliminação fazem os seus trabalhos altamente reconhecidos.

Para dar um exemplo de frustração profissional frequente: Quando um engenheiro, um contador ou um estilista é chamado para realizar vendas do seu produto. Aos líderes da organização, isto parece estratégia perfeitamente plausível, enquanto a análise vetorial prova exatamente o contrário. Só há chance de sucesso se aqueles profissionais têm, pelo menos como segunda tendência vetorial, a Incorporação.

Qualquer indivíduo deve examinar em si as tendências vetoriais fortes e fracas, escolhendo, de acordo com o resultado, os estudos e a profissão.

Aliás, o noticiário atual torna quase indispensável um olhar para o setor dos terroristas. Estes podem ser profissionais marginais, mas não fogem do esquema vetorial.

Pertencem à Rejeição como função principal, porém em segundo lugar cultivam a Retenção, uma vez que o motivo da sua agressividade é a eternização de uma crença antiga e sua salvação diante de uma ideologia emancipada.

Para aqueles fanáticos, a civilização ocidental, com seus avanços ideológicos e tecnológicos, é o verdadeiro agressor. O terrorista religioso se vê como defensor de tradições genuínas.

Morre em harmonia com seus impulsos vetoriais, feliz, havendo ou não a imortalidade. Enquanto isto, para o portador do pragmatismo contemporâneo, a felicidade deve ser atingível dentro do curto espaço da existência terrestre e, portanto, através da atividade construtiva e pacífica.

A.H. Fuerstenthal

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